“As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”

                                                                   Madre Tereza de Calcutá

Olá, pessoal!

Hoje quero convidar vocês a agir, isto é, a ir em direção àquilo de que necessitamos, a sair da zona da queixa e nos abrirmos para as possibilidades que a vida nos oferece. Precisamos nos libertar da preguiça e da tentativa de colecionarmos sentimentos negativos.

Para fazermos esse exercício, vou contar para vocês uma história, um relato que uma grande amiga me trouxe durante uma conversa, quando refletíamos sobre a importância de sairmos dessa zona de reclamações.

Pois bem, ela me contou que...

Certo dia, mesmo procurando se firmar em pensamentos positivos e não se deixar contaminar com reclamações à sua volta, estava em uma feira livre quando dirigiu-se a uma barraca para comprar brócolis. Olhando para a moça que sempre a atendia, comentou indignada a respeito do valor dos legumes e das verduras: "menina, será que não vai baixar o preço?”  E, no mesmo momento dessa "reclamação", continuou: “nossa está difícil demais”. A atendente, então, sorriu e lhe respondeu: "sim, os preços estão altos, a vida está difícil, mas estou tão feliz” e lhe mostrou o motivo. Era simplesmente uma bebê acomodada em uma cadeirinha de balanço. A criancinha estava no chão e ao redor dela estavam várias caixas de verduras e legumes.  A mãe, ainda sorrindo, disse: “Luiza completou um mês”.

Naquele momento, minha amiga sentiu nascer dentro de si uma forte emoção e uma grande vergonha, os dois sentimentos tomaram conta do seu coração ao mesmo tempo. Sentiu emoção ao olhar para aquela criança e perceber a alegria de sua mãe comemorando e valorizando a vida de sua filhinha, pois, mesmo em meio as adversidades do dia a dia, a jovem sorria e agradecia a chegada da filha. Sentiu vergonha porque se viu reclamando dos preços sem ter tido a capacidade de perceber a pequena criança ali sorrindo, feliz, em meio às caixas de verduras.

Ainda emocionada, minha amiga concluiu sua fala me dizendo que realmente precisamos ter conhecimento dos fatos, saber como não nos contaminar com o mau humor, com o descontentamento alheio, buscando sempre acreditar, trabalhar e continuar, mas sem nunca deixar de nos encantar com pequenos gestos ou acontecimentos.

Não nos cabe aqui uma censura à minha amiga por reclamar a respeito do valor dos alimentos, uma vez que sabemos que os preços realmente estão exorbitantes e, para além disso, que, cada vez mais, observamos que o número de brasileiros sem ter o que comer aumentou drasticamente nesses mais de dois anos de pandemia. A situação é muito triste, pois vemos que a fome avança a cada dia em um país tão fértil como o Brasil.

Nos cabe, sim, conseguir observar não somente as situações ruins que estão a nossa volta, mas principalmente as boas, como exemplo, ter a sensibilidade de olhar no rosto de uma criança e assim fazer renascer dentro de nós a esperança, ou seja, tendo a coragem de sair da zona da queixa, migrando para uma posição mais otimista diante da vida.

Já dizia Madre Tereza de Calcutá: “as mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Portanto, se convertemos essas sábias palavras ao que chamamos aqui de zona da queixa, podemos afirmar que a reclamação não nos levará a lugar nenhum, mesmo porque está somente no campo da oralidade, e não no da ação.

Dizendo de outra forma, será somente saindo dessa zona da lamentação e nos libertando dos sentimentos negativos, bem como da falação, da reclamação e dos questionamentos desnecessários, que conseguiremos nos abrir para todas as possibilidades que a vida nos oferece.  Somente nos livrando desses “pesos” que colocamos sobre os nossos ombros é que caminharemos em busca de atitudes concretas que sejam capazes de fazer a diferença.

Por tudo isso, acredito que precisamos e podemos resgatar dentro de nós uma força que nos levará a dias melhores. Afinal, esperamos que tudo o que almejamos na vida, como saúde, trabalho próspero, felicidade conjugal, bons relacionamentos, estabilidade financeira, entre outros, sempre cheguem até nós, e na realidade, somos nós quem precisamos caminhar até eles.

Dessa forma, a inciativa precisa ser de cada um e necessita carregar o compromisso verdadeiro de sairmos da zona da queixa e partirmos de braços abertos para a zona da ação, pois somente assim seremos inspiração para aqueles que ainda estão sufocados pela onda da reclamação.

Que tal, então, nos inspirarmos na atitude da mãe da menininha que trabalha na feira e começarmos a agir?

             Vou ficando por aqui.

Um grande abraço e até a próxima!

 

Janayna.

 

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